Ao participar da audiência pública desta terça-feira (19), chefe da Divisão de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal, Wellington Clay Silva, disse que a PF atua em toda a região amazônica, sobretudo por meio da Operação Defesa da Vida/Arco do Fogo, com foco nos crimes ambientais.
Segundo ele, o sul do Amazonas (Lábrea e Boca do Acre) é uma das áreas prioritárias para a PF. Ele disse que, recentemente, foi traçado um mapa com os principais locais de extração de madeira e as rotas de transporte usadas pelos criminosos.
Também na audiência, o secretário-adjunto de Patrimônio da União, Jorge Arzabe, informou que a secretaria vem trabalhando na regularização das terras dos ribeirinhos. No ano passado, cerca de 900 famílias foram cadastradas. Jorge Arzabe disse que a meta, agora, é acelerar a titulação das terras.
O trabalho, no entanto, sofre atrasos, já que a sede da secretaria no Amazonas sofreu com as recentes enchentes que atingiram o estado. Arzabe declarou, ainda, que a secretaria encaminha as denúncias de grilagem e de exploração madeireira aos órgãos competentes.
A coordenadora da Comissão Pastoral da Terra no Amazonas, Marta Valéria Sponton, relatou agressões de soldados do Exército, que teriam queimado a casa de um ribeirinho que ocupava uma área de treinamento de guerra na selva. Segundo ela, várias famílias já ocupavam essa área há décadas.
Fiscalização ambiental
O diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes (ICMBio), Paulo Carneiro, informou que as áreas próximas ao Parque Nacional de Mapinguari e aos conjuntos de florestas nacionais (flonas) e de reservas extrativistas estão entre as mais críticas para a fiscalização.
O coordenador-geral de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Dutra, também reconheceu que há dificuldades de fiscalização ambiental na região, mas lembrou que um dos melhores resultados que o Brasil tem a apresentar na conferência Rio+20 é a redução de 77% nos índices de desmatamento na Amazônia.
FONTE : ‘Agência Câmara de Notícias‘
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