Resíduos tóxicos de multinacionais e outras grandes empresas estão causando danos ambientais e à saúde no interior do Pará. O material está em tambores espalhados em uma área de 900 hectares em plena Amazônia.

A informação é da reportagem de Aguirre Talento e Felipe Luchete publicada na edição desta quarta-feira da Folha. A reportagem completa está disponível a assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.

O lixo contém cloro, chumbo e pesticidas e foi encaminhado por empresas como Pepsi, Vale, Petrobras, Shell, Brastemp, Philips e Yamaha. O descarte ocorreu entre os anos de 1999 e 2003, quando a usina responsável pelo lixo encerrou as atividades.

O encerramento das atividades da Uspam (Usina de Passivos Ambientais) ocorreu após perícias do governo do Pará apontarem contaminação no solo, com riscos à saúde humana e ao ambiente.

OUTRO LADO

Em 2002, a Uspam declarou ao Ibama que tinha licença e que as acusações não tinham fundamento. A Folha não localizou seus representantes na última semana. A Promotoria desconhece o paradeiro deles.

Pepsi, Petrobras, Vale e Yamaha dizem ter checado as licenças da Uspam antes da escolha e que retiraram seus resíduos. A Brastemp afirma que todos seus resíduos foram incinerados pela Uspam. A Shell diz que “está em contato com as autoridades”. A Philips não comentou.

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