O professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP Marcos Fava Neves reforçou que o Brasil tem espaço para ampliar o agronegócio sem precisar desmatar. Ele avalia que, até 2020, o País será o maior produtor mundial de alimentos a partir de uma agricultura sustentável. Durante audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural para debater os impactos e desdobramentos do novo Código Florestal Brasileiro, Neves enfatizou que é um desserviço fomentar a oposição entre ruralistas e ambientalistas no debate sobre o Código Florestal.
O deputado e ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes (PSD-PR) afirmou que 1 milhão de pequenos agricultores no País terão que deixar o campo se o Código for vetado. Stephanes citou que produção em topos de morro no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais será prejudicada caso o texto atual seja alterado retirando-se as mudanças aprovadas no mês passado pelo Congresso, ainda não sancionadas pela presidente Dilma Rousseff.
Assim como o relator, Paulo Piau (PMDB-MG), o ex-ministro não concorda que o código aprovado gere desmatamento ou leve à anistia dos produtores rurais.
Amplo debate
O deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) afirmou que parlamentares do agronegócio e ambientalistas têm consciência de que muitos dos itens do Senado colocados dentro do novo Código Florestal foram acatados pelo relator e por esta Casa. Na opinião de Matos, os parlamentares ainda vão elucidar os ganhos e repercussões de um possível veto pela presidente Dilma Rousseff.
“Estão fazendo manifestação pelo veto total, mas espero que a presidente não vete tudo. O governo tenta colocar o agronegócio em uma posição contraria ao meio ambiente, mas a própria presidente edita uma medida provisória diminuindo áreas de conservação (MP 558). Há compromisso desta Casa para que o País melhore seu PIB com sustentabilidade. Houve amplo debate sobre este código”, defendeu o deputado.
FONTE : Agência Câmara de Notícias
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