Estudo divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente relaciona a redução do desmatamento na Amazônia na última década a uma maior rigidez na legislação ambiental federal.
A pesquisa da PUC-Rio e da ONG Climate Policy Initiative aponta que a queda no desmatamento na região foi possível ainda com aumentos nos preços agropecuários. Os preços, segundo os pesquisadores, influenciam a derrubada de florestas para produção agrícola e pecuária.
A divulgação da pesquisa ocorre durante o impasse na Câmara para votação do Código Florestal, lei que deve impactar os rumos da preservação ambiental no país.
No ano passado, o governo federal registrou a menor taxa de desmatamento na Amazônia desde o início da medição: 6.200 mil km². Em 2004, a taxa atingiu pico de 27,4 mil km².
De acordo com o estudo, decretos presidenciais baixados em 2007 e 2008 estabeleceram fiscalização e punições a infrações ambientais e contiveram a tendência de aumento no desmatamento.
Os pesquisadores concluíram que o desmatamento deveria ter subido em 2008 na esteira da alta das commodities pelo mundo, mas recuou em decorrência dos decretos.
Ambientalistas consultados pela reportagem dizem que, mesmo com evidências de que políticas públicas ajudaram a diminuir o desmatamento, não é possível prever o efeito do novo Código Florestal sobre a taxa de preservação das florestas no país.
AGUIRRE TALENTO – DE BELÉM – http://www1.folha.uol.com.br/poder/1081025-pesquisa-relaciona-queda-no-desmatamento-na-am-a-acao-federal.shtml
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