A ONG Grenpeace diz que ativistas encontraram uma madereira operando ilegalmente em um assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), próximo a cidade de Santarém, no Pará, segundo comunicado divulgado neste domingo. Um relatório com fotos e mapas da área será encaminhado ao governo para investigação.
Segundo a organização, a extração de madeira ocorre sem autorização do governo ou consentimento dos assentados. “Foram fotografados pátios de madeira, toras cortadas, desmatamento recente e uma serraria”, relata a entidade.
O local fica a 140 km de Santarém e o clima na região é tenso desde que carros do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) sofreram uma emboscada na última quarta-feira, afirma o Greenpeace.
Os assentados afirmam que a extração ilegal é realizada dentro do Assentamento Corta Corda. Segundo a ONG, eles dizem que já denunciaram a ação dos madeireiros por várias vezes ao Incra.
“Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santarém, a solução proposta pelo Incra, em vez de fiscalização, foi tentar destinar quase toda a área coberta com florestas do assentamento – rica de madeiras de lei – para grileiros que exploram madeira na região. Pelo projeto, o Corta Corda seria reduzido de 52 mil para 11 mil hectares. A área continua em disputa”, afirma a entidade.
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