Filme de Maria Raduan retrata 45 anos de conflito de terra entre índios, grileiros, sem terra e posseiros no Mato Grosso.

Cena de Vale dos Esquecidos, documentário inédito que será exibido no É Tudo Verdade – Divulgação

O primeiro longa da diretora Maria Raduan, Vale dos Esquecidos, foi selecionado para a mostra competitiva brasileira do festival É Tudo Verdade  2011 e fez sua estreia durante a programação do evento.

O documentário, que retrata 45 anos de conflito de terra entre índios, grileiros, sem terra e posseiros no Mato Grosso, foi gravado no local onde existiu a fazenda Suiá-Missú, considerada o maior latifúndio existente no planeta, nos anos 70.

O fio que conduz a história é a vasta gama de depoimentos de todas as partes envolvidas: o cacique Damião Paridzané, o líder Xavante Marawãtsède; Dom Pedro Casaldáliga (bispo emérito de São Félix do Araguaia), um funcionário da fazenda na época chamado Dario Carneiro, o fazendeiro John Carter, além de Filemon Limoeiro, político; Rosa Silva, líder dos sem terra; e Neto Figueiredo, posseiro.

Com um longo trabalho de pesquisa, a diretora e sua equipe também descobriram fotos raras, áudios da época e imagens atuais que ajudam a compreender melhor as origens do conflito.

“A princípio queria entender a história dos índios e durante a filmagem percebi que existiam muitas outras variáveis. Seria impossível contá-la sem retratar as outras. Foi quando decidi que o Vale dos Esquecidos seria uma radiografia de como é a Amazônia no Brasil”, explica Maria.

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