Informação foi divulgada durante o primeiro alerta de cheia de 2012. No interior do Estado, 19 municípios decretaram situação de emergência.
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM), em Manaus, prevê que o rio Negro alcance este ano o nível médio de 29,51 metros e registre a terceira maior cheia desde 1903, ficando atrás dos níveis registrados em 2009 (29,77m) e 1953 (29,69m). A informação foi divulgada nesta segunda-feira (2) pelo superintendente regional do CPRM, Marco Antônio Oliveira, durante o primeiro alerta de cheia, direcionado a técnicos que atuam com saúde pública, defesa civil e ações humanitárias.
Segundo Marco Oliveira, a previsão do CPRM é que o nível do rio Negro fique entre 29,06m e 29,96m. “Já tínhamos a certeza de que teremos uma cheia histórica, no entanto, esperamos até a última hora para definir, com base nas estações metrológicas, qual seria a média do nível do Rio Negro. Essa informação é importante para as autoridades planejarem suas estratégias de atendimento às famílias afetadas pela cheia”, explicou.
O rio Negro está com comportamento atípico desde o ano passado, quando houve uma seca rigorosa, segundo o CPRM. As alterações são resultantes do fenômeno ‘La Niña’, que tem provocado instabilidades no Oceano Pacífico e aquecido as águas do Oceano Atlântico, afetando diretamente as condições climáticas na Amazônia. Por causa da subida das águas do rio Solimões, o rio Negro é represado, provocando a cheia que atinge Manaus.
Nesta segunda-feira, a cota do Rio Negro é de 27,75m, obtendo um ritmo de subida de 4cm por dia. No interior do Amazonas, 19 municípios das calhas do Juruá, Solimões, Purus e Madeira decretaram situação de emergência. Segundo informações da Defesa Civil do Estado, a previsão é que as cheias dos rios da Bacia Amazônica atinjam 24 municípios. Em Anamã, Barreirinha, Caapiranga e Careiro da Várzea, a Defesa já tem planos de evacuação de áreas residenciais, comerciais e de órgãos públicos.
A situação só deverá ser normalizada a partir de junho, segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), quando houver diminuição no ritmo das chuvas em toda a região.
Veja mais em: http://g1.globo.com/amazonas/noticia/2012/04/cheia-do-rio-negro-sera-terceira-maior-da-historia-no-am-preve-cprm.html
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