O Conselho de Graduação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pediu o desligamento de uma estudante de medicina suspeita de ter fraudado o sistema de cotas para índios. A denúncia chegou à universidade no ano passado. A estudante se declarou indígena para ingressar em medicina pelo programa de ações afirmativas.
A UFSCar criou uma comissão de inquérito, formada por antropólogos, docentes e indigenistas que durante um ano analisaram a situação. A sindicância apontou que a estudante não comprovou vínculo com a comunidade indígena. A aluna entrou com um recurso contra o desligamento e continua frequentando as aulas normalmente.
O caso será levado ao Conselho Universitário, após parecer da Procuradoria Jurídica da Universidade, e só então, será tomada alguma decisão.
Nota da Universidade
“Em relação à denúncia de irregularidade de uma aluna indígena que está cursando Medicina na UFSCar, a Universidade esclarece que foi feita uma denúncia no ato da inscrição da estudante, que ingressou em 2011 na Instituição. A partir desta denúncia, a UFSCar instaurou uma Comissão de Inquérito, formada por antropólogos, docentes e indigenistas, que durante um ano analisou detalhadamente a situação e apontou que a estudante, apesar de se declarar indígena, não comprovou possuir vínculo com a comunidade indígena na época da inscrição no Vestibular e no período em que trabalhou a Comissão de Inquérito, critério obrigatório para o ingresso do aluno indígena pelo Programa de Ações Afirmativas na Universidade. Com estas informações o Conselho de Graduação decidiu pelo desligamento da estudante. Atualmente, diante de um recurso apresentado pela estudante, a aluna permanece frequentando normalmente as aulas e a decisão final será levada ao Conselho Universitário, após parecer da Procuradoria Jurídica da Universidade.”
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