O exército boliviano entrou em território brasileiro em missão militar para retirada das famílias de seringueiros do Acre. Não se sabe ao certo quantos soldados cumprem a missão. Houve momentos de tensão entre soldados e trabalhadores extrativistas.
Não há registro de mortes, mas parte da produção dos seringueiros da extração de castanha e parte do gado está sendo confiscada pelos militares. O Incra calcula que haja 500 famílias de brasileiros nessa região.
Há relatos de que militares bolivianos chegaram a abastecer os veículos em postos de combustível de Capixaba, cidade acreana na fronteira com a Bolívia. Soldados brasileiros já se instalaram em regiões estratégicas para evitar nova entrada de militares da Bolívia.
Uma reunião entre representantes do Governo do Acre, Exército Brasileiro e embaixada brasileira em La Paz foi realizada nesta quinta à tarde em Capixaba.
Eduardo Paes Saboya, ministro da Embaixada do Brasil em La Paz comprometeu-se a relatar a situação para o Itamaraty e para as autoridades da Bolívia. Não se sabe ao certo o que motivou a mudança de postura do exército boliviano. A mesma operação tem sido realizada m outras áreas de fronteira com o Acre sem nenhum tipo de tensão.
Na região do rio Chapamano e do rio Xiramano, o extrativista Fernando Rodrigues Calado e a esposa Delzineide de Assis da Silva viveram momentos de tensão. A casa de farinha onde beneficiavam a mandioca foi queimada pelos soldados bolivianos.
“Sabemos que estamos em terras alheias, mas há uma forma decente de tirar as famílias daqui”, indignou-se Francisco Calado, irmão de Fernando. Junto com mais 10 famílias, os irmão armazenaram parte da extração de castanha para vender.
AUTOR: ITAAN ARRUDA – Agência Estado – Situação continua indefinida na fronteira com a Bolívia – Política – Estadão (estadao.com.br)
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