Para comemorar o Dia do Índio (19), o Governo do Estado deu início na manhã desta segunda-feira (16) a uma semana de programações alusiva à data. Um culto ecumênico na Secretaria de Estado do Índio (SEI), reunindo autoridades e indígenas, abriu as comemorações.
Na oportunidade, foram apresentados rituais tradicionais dos povos indígenas como o da purificação e o de cura. Alguns representantes indígenas foram homenageados pelo Governo de Roraima, devido aos trabalhos de destaque realizados em prol das comunidades. O coral do povo Taurepang, da comunidade de Sorocaima, fez sua apresentação em língua materna, Português e espanhola.
Na presença de lideranças das dez etnias que vivem em Roraima, o governador José de Anchieta lançou a Agenda Positiva para o ano de 2012. Dentre as ações que serão desenvolvidas pelo governo estadual estão o fortalecimento da educação e da agricultura nas comunidades. “Queremos que os povos indígenas de Roraima façam parte desse novo processo de desenvolvimento do estado e nosso intuito é fortalecer as ações junto às comunidades, mas respeitando a cultura de cada etnia”, ressaltou Anchieta.
Entre as ações estão a primeira audiência pública de Etnoturismo em Terras Indígenas, marcada para o dia 21 de julho de 2012, no Centro Regional Lago Caracaranã; o primeiro Encontro de Produtores Indígenas da Agricultura Irrigada e Piscicultura, agendado para os dias 23, 24 e 25 de agosto de 2012, no Palácio da Cultura; e o primeiro Festival de Cultura Indígena, que será realizado nos dias 20,21 e 22 de setembro deste ano, na comunidade indígena Malacacheta, município do Cantá.
O presidente da Organização dos Professores Indígenas de Roraima (Opir), Telmo Ribeiro, destacou que as iniciativas em favor dos índios sempre serão bem acolhidas pela comunidade. “As pessoas falam de etnoturismo, agricultura irrigada e em desenvolvimento sustentável nas terras indígenas e isso nos engrandece, pois necessitamos desse tipo de apoio. Precisamos sempre discutir com os governos esse tipo de política”, disse.
O vice-governador e secretário da Agricultura, Chico Rodrigues, anunciou novas medidas para fomentar a agricultura. “Estamos elaborando o primeiro seletivo para técnicos agrícolas indígenas. Serão homens que irão trabalhar diretamente nas comunidades, dando esse apoio de extensão técnica na produção dos índios”, lembrou.
Já o secretário do Índio, Hipérion Oliveira, ressaltou as conquistas dos indígenas nos últimos anos. “Podemos perceber nas comunidades a maioria dos professores que atuam são indígenas, a agricultura irrigada tem fomento do Estado com a entrega de calcário e tem dado bons resultados com a colheita significativa por hectares. Novos cursos de capacitação estão chegando às comunidades, através da Universidade Estadual. Estes são alguns avanços que podemos comemorar”, destacou.
Além disso, estão incluídas na agenda positiva a implantação do curso de Língua Macuxi, pela Universidade Estadual de Roraima (UERR), na comunidade indígena do Contão, município de Pacaraima, no próximo dia 23 de abril; a primeira Feira Exposição de Produtos e Agropecuária, nos dias 19, 20 e 21 de abril deste ano, na comunidade indígena Napoleão, município de Normandia, e a Festa da Farinha, na comunidade Ticoça, município de Uiramutã.
Reunião no Palácio Senador Hélio Campos – Ainda durante a abertura da Semana do Índio, o vice-governador e secretário de Agricultura, Chico Rodrigues, recebeu líderes e presidentes de associações indígenas, para discutir os meios que visam a aumentar a produção de alimentos dentro das áreas indígenas de Roraima. A reunião ocorreu no Palácio Senador Hélio Campos, no início da tarde desta segunda-feira.
Seguindo as orientações do governador Anchieta, Chico Rodrigues explicou para os lideres indígenas que o governo tem como prioridade ações para oferecer mais condições ao crescimento da produção de alimentos, dentro das comunidades. A intenção é alcançar um nível de produção em que se possa exportar o excedente para os estados da Região Norte.
“O governador Anchieta tem nos orientado para atender as demandas das comunidades, para que a produção de alimentos possa chegar à escala comercial. Há pouco tempo, víamos feijão produzido nas comunidades do Uiramutã sendo vendido no mercado do Amazonas”, destacou.
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