O consórcio Norte Energia reconheceu que alguns pontos precisam de atenção, mas cobrou empenho do poder público.

A construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, continua envolta em polêmicas. Após “vencer” a onda de críticas que questionavam o custo-benefício da obra, principalmente em relação às comunidades ribeirinhas e tribos indígenas da região, a construtora responsável pelo empreendimento agora é cobrada pela lentidão na execução dos projetos socioambientais impostos para a liberação da licença.

Uma subcomissão do Senado esteve no município de Altamira para acompanhar as obras. Lá, os parlamentares comprovaram que o cumprimento das condicionantes obrigatórias – e que servem para beneficiar os nativos da cidade – não estão sendo cumpridas. Com isso, os senadores anunciaram a decisão de fazer visitas ao local a cada quatro meses, além de se reunir semanalmente, para analisar os dados referentes à construção da usina.

“Essas obras devem ser agilizadas, por conta da necessidade e da população, que está cobrando com justiça”, comentou o presidente da subcomissão, senador Flexa Ribeiro. Outros parlamentares lembraram que a execução das condicionantes é prioritária e deve acompanhar o conjunto das obras de construção da usina.

O presidente do consórcio Norte Energia reconheceu que alguns pontos precisam de atenção, mas também cobrou empenho do poder público, que segundo ele, demorou a aprovar a definição do perímetro urbano onde serão realizadas as obras de saneamento básico. “Apenas no mês passado a Câmara Municipal [de Altamira] aprovou a definição desse perímetro. Somente com este documento podemos andar com o projeto de garantir 100% de saneamento básico na área urbana do município”, defendeu.

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