O Conselho Indígena de Roraima – CIR – vai realizar este mês a 41ª Assembléia Geral dos Povos Indígenas de Roraima. O encontro é um momento importante para os povos indígenas avaliar sua caminhada e planejar o que fazer na sua organização este ano. O evento será realizado no Centro Regional do Lago do Caracaranã, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, de 11 a 15 de março, com o tema “Fortalecendo a Luta e a Autonomia dos Povos Indígenas de Roraima”.
O coordenador-geral do CIR, Mário Nicácio, afirmou que dentre os assuntos a serem discutidos estão as políticas públicas visando ao etnodesenvolvimento dos povos indígenas e a articulação para implantação dos projetos em nível estadual e nacional.
O vice-coordenador do CIR, Ivaldo André, lembrou que a Assembleia Geral já é tradição entre os indígenas, tornando-se um momento importante de fortalecimento da luta dos povos, visando a construção de uma política indigenista e a promoção da união e articulação entre as lideranças e comunidades indígenas de Roraima.
As lideranças indígenas utilizam as assembléias para a troca de idéias e experiências entre as comunidades e regiões frente aos problemas que atingem as atingem diretamente, como o uso de bebidas alcoólicas, a presença de invasores nas terras indígenas, a agressão ao meio ambiente e os projetos de etnodesenvolvimento que possam gerar renda e diminuir a situação de exclusão social.
A secretária do Movimento de Mulheres Indígenas, Telma Marques da Silva, disse que ao final da assembléia são encaminhados diversos documentos e uma Carta Final para as autoridades, com as principais reivindicações, denúncias e proposições.
Os coordenadores do CIR afirmam que o encontro no Lago Caracaranã tem um papel importante, que é simbolizar a reconquista das terras tradicionais pelos povos indígenas e mostrar que as comunidades têm todas as condições de desenvolver projetos sustentáveis, inclusive utilizando o próprio lago como local de formação de lideranças.
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