Um avião bimotor voa a aproximadamente a 5 mil metros de altitude. Na aeronave, um equipamento conhecido como “Lidar” lanç raios laser na copa das árvores abaixo, 400 mil vezes por segundo. O resultado: um mapeamento da floresta amazônica em três dimensões (3D).
O projeto “Carnegie Airborne Observatory” produziu um mapa com detalhes sem precedentes da Floresta Amazônica. Além do “Lidar”, um espectrômetro mantido a -131ºC (menos cento e trinta e um graus Celsius) mediu a biodiversidade da mata, registrando em cores vivas as propriedades químicas e óticas.
“A tecnologia que temos aqui nos dá pela primeira vez uma visão da Amazônia em detalhes 3D ao longo de regiões muito grandes. Esse é o tipo de informação crítica que falta para o gerenciamento destes sistemas, sua conservação e o desenvolvimento de políticas para melhor usar a Bacia Amazônica como fonte de recursos, enquanto isso, ao mesmo tempo protegemos o que ela tem em termos de diversidade biológica”, ressaltou o ecologista e líder da pesquisa, Greg Asner.
Com esta observação será possível monitorar o desmatamento e a degradação da floresta amazônica, além de medir como o ecossistema da floresta está após a seca registrada em 2010, além de apresentar claramente a biodiversidade da região, desde a Cordilheira dos Andes até as planícies da bacia.
REDD
Os dados também serão fundamentais para subsidiar o REDD (sigla em inglês para “redução de emissões do desmatamento e degradação das florestas”), acordo em negociação no âmbito das Nações Unidas que pretende compensar financeiramente países para que mantenham suas matas em pé. “O REDD não pode existir sem dados cientificamente monitorados dos estoques de carbono”, concluiu Asner.
FONTE: http://www.portalamazonia.com.br/editoria/ciencia-e-tecnologia/mapeamento-mostra-detalhes-ineditos-da-floresta-amazonica-em-3d/
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