Apesar de a Petrobras ter um contrato de fornecimento de 5,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, para a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), a estatal está entregando apenas 3 milhões de metros cúbicos por dia.
A questão, segundo o gerente-geral na Petrobras da Unidade de Negócios de Exploração e Produção da Amazônia, Luiz Ferradans Mata, é que a demanda da região está aquém da capacidade de produção da estatal. O gás é escoado pelo gasoduto Urucu-Coari-Manaus, com 661 quilômetros de extensão, que foi inaugurado em novembro do ano passado.
Ferradans explicou que a Petrobras se preparou para fornecer gás natural suficiente para atender todas as termelétricas da região. Os empresários responsáveis pelas termelétricas do Amazonas haviam firmado um compromisso, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de converter as termelétricas que queimam óleo combustível e óleo diesel para gás natural até setembro de 2010. “Depende das termelétricas de Manaus.
Elas têm que fazer a conversão dos motores”, disse Ferrandans. Segundo ele, o projeto é muito positivo, já que pretende diminuir os impactos ambientais causados pelos combustíveis altamente poluentes. No entanto, quando questionado sobre o compromisso das empresas em trabalhar apenas com gás natural nas termelétricas, Ferradans pondera que houve apenas uma manifestação da vontade de Lula para que isso acontecesse.
“É preciso perguntar para as empresas como andam os projetos”, lembrou. As três termelétricas da Petrobras já utilizam apenas gás natural para a produção de energia. O executivo afirmou que o gasoduto da companhia pode chegar a capacidade 7 milhões de metros cúbicos de gás em pouco tempo.
“Esse casamento tem que ser feito para não fazermos um investimento aqui atrás, para depois só vir a vender o gás seis, sete anos depois. Dessa forma, o investimento não seria remunerado”, destacou.
FONTE: ECONOMIA.IG.COM.BR
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