“O lançamento oficial do programa Bolsa Verde, em Manaus, é muito mais que simbólico. Na verdade, o ato da presidente Dilma Rousseff é um reconhecimento pelo trabalho que vem sendo desenvolvido há quatro anos pelo Governo do Amazonas”. A afirmação é do senador Eduardo Braga que, em junho de 2007, na época governador do Estado, criou o Bolsa Floresta, modelo que serviu de base para elaboração do programa do Governo Federal que será lançado amanhã (28) pela presidente da República, em solenidade no Teatro Amazonas.

A justificativa do programa Bolsa Verde, traz a mesma essência do Bolsa Floresta do Amazonas: o apoio financeiro às famílias em situação de extrema pobreza que promovem a conservação ambiental nas áreas onde vivem e trabalham. De acordo com dados do Governo Federal, das 16,2 milhões de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza no Brasil, 47% estão na área rural.

No Amazonas, após quatro anos de seu lançamento, o Bolsa Floresta se consolida em números. Hoje, nada menos que 35 mil pessoas estão inseridas no programa, recebendo muito mais que a remuneração pela preservação ambiental. As famílias do Bolsa Floresta participam de cursos, oficinas, treinamentos, enfim, as comunidades recebem informações técnicas e de qualidade para a criação de uma consciência ecológica.

O trabalho se estende a 15 Unidades de Conservação do Estado, uma área que totaliza 10 milhões de hectares.  “No início do Bolsa Floresta recebemos severas críticas ao programa. Mas seguimos firmes com nossos propósitos e hoje vemos o reconhecimento nacional pelo nosso trabalho.

É o Amazonas que dá esse exemplo para o Brasil. É a população do interior do Estado quem ensina ao país que vale a pena preservar o verde de nosso território, principalmente a nossa floresta amazônica”, ressalta o senador Eduardo Braga.

PROJETO CERTIFICADO

O Bolsa Floresta é o primeiro projeto do Brasil certificado internacionalmente para recompensar e melhorar a qualidade de vida das populações tradicionais pela manutenção dos serviços ambientais prestados pelas florestas tropicais, reduzindo o desmatamento e valorizando a floresta preservada.

O primeiro componente do programa é o Bolsa Floresta Renda, destinado ao apoio à produção sustentável de peixe, óleos vegetais, frutas, mel e castanha, entre outros. A meta é promover arranjos produtivos e certificação de produtos que aumentem o valor recebido pelo produtor. São elegíveis todas as atividades que não produzam desmatamento e que estejam legalizadas e que valorizam a floresta em pé.

Bolsa Floresta Social

O segundo componente é o Bolsa Floresta Social, destinado à melhoria da educação, saúde, comunicação e transporte, componentes básicos para a construção da cidadania das comunidades envolvidas. As ações são desenvolvidas em parceria com os órgãos governamentais responsáveis e instituições colaboradoras.

O Bolsa Floresta Associação (BFA), terceiro componente, destinado às associações dos moradores das UC´s do Estado, tem a função de fortalecer a organização e o controle social do programa.

Este é um dos programas mais importantes da história da Amazônia, quanto ao fortalecimento das organizações de base comunitária. O BFA promove a gestão participativa por meio do fortalecimento da organização comunitária e o controle social do Bolsa Floresta, visando a implementação da unidade de conservação. Além disso, contribui para o exercício da liderança associativa nas unidades de conservação do Estado do Amazonas.

Bolsa Floresta Familiar

O quarto componente, o Bolsa Floresta Familiar, tem como objetivo promover o envolvimento das famílias moradoras e usuárias das unidades de conservação estaduais para redução do desmatamento. Esta modalidade também atua no sentido de promover o entendimento da realidade socioeconômica e ambiental para melhorar a eficiência na aplicação dos recursos e avaliação dos resultados dos investimentos.

FONTE: INTERNET