Com a medida, a Semmas quer evitar que as pedras empilhadas no terreno sejam retiradas do local e comercializadas irregularmente. Fiscais fizeram nova visita ao local na última terça-feira, mas o proprietário ainda não foi identificado.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) deverá interditar a pedreira desativada no bairro Tarumã, Zona Oeste, onde, segundo denúncias feitas por moradores no mês passado, e confirmadas por A CRÍTICA em sobrevoo com o RCCop, teriam ocorrido explosões que levantaram a suspeita de exploração ilegal de recursos minerais.
As informações são da assessoria de imprensa da secretaria, que esclareceu que a medida tem caráter preventivo e pretende evitar que as pedras localizadas no terreno sejam retiradas do local sem autorização dos órgãos ambientais e comercializadas.
A Semmas ainda não identificou quem é o proprietário do terreno onde está localizada a pedreira e onde fiscais da secretaria encontraram vestígios de exploração mineral. Até ontem, ele ainda não havia se apresentado à Semmas.
Mas em uma fiscalização realizada na última terça-feira, um suposto intermediário, apontado como o responsável por oferecer as pedras a possíveis compradores no Tarumã, foi identificado apenas como “Marquinhos”. Ele está sendo procurado pelo órgão.
Ainda segundo a Semmas, as investigações sobre quem são os donos do terreno e sobre as denúncias da reativação da pedreira continuam.
Na segunda quinzena de julho, a rotina dos moradores de parte do Tarumã, principalmente no entorno dos igarapés do Tarumã e da Bolívia, foi alterada pela volta dos barulhos de explosões que vinham da mata.
Os moradores denunciaram que, além dos estrondos, ruídos de tratores também passaram a ser ouvidos por eles quase que diariamente, principalmente durante a noite e nos finais de semana.
Em um sobrevoo pela área, a reportagem de A CRÍTICA identificou várias clareiras abertas em meio à Área de Proteção Ambiental (APA) do Tarumã. Em uma delas, onde fica a pedreira, também foram localizados diversos montes de pedras que, aparentemente, foram extraídas do próprio terreno.
Em sobrevoo realizado na semana passada, a Semmas localizou o acesso à pedreira e confirmou os vestígios de exploração no terreno. Entretanto, os fiscais constataram que não havia rastros da entrada e saída de maquinários ou caminhões do terreno. Uma casa, que possivelmente era usada como apoio, estava trancada na ocasião.
Fonte: A Crítica (DISPONÍVEL EM: AGOSTO 2011)