Com a sustentabilidade na moda, o termo tem sido usado indiscriminadamente sob vários aspectos, especialmente na publicidade e propaganda. E não é de hoje que o setor tem se apropriado desse conceito, sem qualquer critério, para vender produtos, mesmo estando eles na contramão da ideia central de ser sustentável. Ou seja, de suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. É foi justamente para conter esses abusos que o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) divulgou novas normas para a publicidade que tenha apelo vinculado à sustentabilidade, que entram em vigor a partir do 1º de agosto.
Um dos pontos estabelecidos afirma que para anunciar produtos como “verdes”, a propaganda veiculada no País deverá, necessariamente, comprovar as vantagens ambientais anunciadas, e não apenas mencioná-las como vem ocorrendo. Desta forma, recomenda-se que a menção à sustentabilidade em publicidade seja verdadeira e exata, contendo informações possíveis de serem comprovadas e de real relevância
ao meio ambiente.
De acordo com o Conar, o que se quer com isso é “frear” a banalização do apelo sustentável no marketing e, ao mesmo tempo, reduzir a propaganda enganosa conhecida como greenwashing, em tradução “lavagem verde”, e pode ser entendida como “propaganda ecologicamente mentirosa”. “Um anúncio que cite a sustentabilidade deve conter apenas informações ambientais passíveis de verificação e comprovação”, diz a norma do Conar.
Esse conjunto de determinações completa o artigo 36 do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, de 1978, e acompanha um certo “endurecimento” nesse aspecto, que marca uma tendência internacional na publicidade, e serão aplicadas em todos os meios de comunicação.
Fonte: O Liberal
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