O Ibama interrompeu na sexta-feira (08/07) a exploração ilegal de 20 hectares de floresta nativa amazônica na região do Cururuí, em Tucuruí, no sudeste do Pará. Na ação, foram apreendidos três caminhões, 25 m³ de madeira, um trator e uma motosserra. Os donos das máquinas utilizadas no crime ambiental e o proprietário da área degradada foram multados em R$ 250 mil.

Caminhão de Nova Ipixuna apreendido em Tucuruí

Os agentes da operação Parakanã II flagraram o trator no momento em que retirava as toras da mata. Depois, seguiram para a área da extração irregular, onde destruíram o acampamento que dava suporte aos desmatadores. Segundo o coordenador da operação, Eduardo Lameira, a madeira abasteceria ilegalmente as serrarias ao longo da rodovia Transcametá, em Baião.

Dois dos caminhões apreendidos com as toras ilegais pertencem uma madeireira com sede em Nova Ipixuna, a cerca de 200 km de Tucuruí. A empresa é uma das madeireiras, com vasto histórico de infrações ambientais, que o Ibama desmontou no início de julho no município onde em maio assassinaram os líderes extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva.

Entre 2007 e 2010, a madeireira foi autuada 10 vezes pelo Ibama e possui um passivo de R$ 351 mil em multas. Em maio deste ano, durante a operação Disparada, a empresa foi autuada novamente em mais R$ 330 mil e teve a licença ambiental estadual cassada a pedido do Ibama.

“O envolvimento da Belmonte na destruição de uma floresta a 200 km de distância da sua sede demonstra a determinação da madeireira em driblar a lei e agir na ilegalidade. Além de comprovar o acerto da decisão do Ibama de desmontar e cassar as licenças dos empreendimentos com o mesmo histórico de ilegalidades em Nova Ipixiuna”, disse o chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama no Pará, Paulo Maués.

Fonte: Ibama