Seis homens foram presos em flagrante durante uma operação do Ibama realizada na região norte de Mato Grosso. O grupo foi preso no final da tarde desta quarta-feira (20) e multado em R$ 69 mil pelo instituto.

Espingardas usadas no safári foram apreendidas em fiscalização do Ibama

Além de cinco espingardas supostamente utilizadas para matar os animais, os agentes do Ibama encontraram vídeos e fotografias que registraram a caçada ilegal. O grupo contestou  que realizava caçada de animais e que as armas eram utilizadas apenas como defesa.

Os suspeitos foram presos e encaminhados para o presídio Ferrugem, localizado em Sinop, a 500 quilômetros de Cuiabá. Os suspeitos pagaram fiança e foram liberados na noite desta quinta-feira (21).

O Ibama apreendeu filmagens e fotos que mostram várias espécies de animais silvestres, desde aves e outros animais de pequeno porte. Os suspeitos foram abordados pelos agentes do Instituto, que realizavam uma fiscalização contra desmatamento no município de Porto dos Gaúchos, a 644 quilômetros de Cuiabá. ”Fotos e filmagens revelaram que eles já haviam caçado pacas, porcos do mato e uma ave de grande porte da região, conhecida como mutum. [Eles] ostentavam os animais nas imagens”, disse o agente Rafael Sant’ana, do Ibama.

Ainda segundo o Ibama, o grupo estaria há uma semana em Mato Grosso praticando a caçada ilegal. Cinco deles se identificaram como agricultores do estado de Santa Catarina e outro como proprietário de uma fazenda da região. De acordo com a Polícia, os caçadores foram indiciados por formação de quadrilha, porte ilegal de arma e crime ambiental.

Depois do exame de corpo e delito, os acusados seguiram para o presídio Ferrugem. De acordo com o delegado Joacir Reis,  para deixar a prisão, o grupo “teria que pagar uma fiança de 50 salários mínimos”, disse o delegado.

Outro lado
Segundo o advogado do grupo, Felício José dos Santos, os caçadores estavam fazendo trilha e para se defender de alguns animais ferozes, estavam carregando uma arma na mão. Ainda, segundo o advogado, o grupo “não foi preso dentro do mato, mas dentro da rodovia e não chegou a cometer o delito que está sendo condenado”, afirmou o advogado.

Fonte: G1