Extração ilegal de madeira da região amazônica, obras de infraestrutura, agropecuária e até a definição de áreas de proteção resultam, muitas vezes, em violência física e morte, prejudicando uma ou várias comunidades. Em Minas, 540 desses casos foram analisados e agora compõem o Mapa de Conflitos Ambientais.

O trabalho, que está disponível desde ontem no endereço www.conflitosambientaismg.lcc.ufmg.br, é resultado de uma pesquisa desenvolvida por professores e alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Universidade Federal de São João Del Rei e a Universidade Estadual de Montes Claros.

Equipes com integrantes de cursos como Ciências Sociais, Socioambientais, Geografia, Antropologia, Biologia e Direito se debruçaram desde 2007 sobre os conflitos registrados no Estado nos últimos dez anos.

“Visitamos 288 comarcas para consultar processos, entrevistar funcionários dos fóruns, das prefeituras, moradores, técnicos de órgãos ambientais e as pessoas das comunidades atingidas”, diz a professora Andréa Zhouri, coordenadora do Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais (Gesta) da UFMG, responsável pela organização dos trabalhos.

Com o mapa, é possível acessar o histórico dos casos, arquivos oficiais, vídeos, fotos e outras informações, como textos produzidos por pesquisadores de todo o País. “A ideia é literalmente por no mapa e dar visibilidade àqueles que nem sempre são ouvidos.”

Fonte: Estadao.com