Mais um produto do estado entra na lista de mercadorias tipo exportação. O couro produzido pelo Matadouro Frigorífico de Roraima (Mafir) está sendo vendido em larga escala para o mercado de São Paulo e exportado para Espanha, Itália, Bélgica e China.
De acordo com dados divulgados pela Coordenadoria-Geral de Estudos Econômicos e Sociais, da Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento (Seplan), com base em informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em janeiro deste ano, a exportação do couro correspondeu a 20,9% do total de exportações do Estado.
A venda de couro roraimense para outros países foi estimada em 666 mil dólares. Em janeiro de 2010, o produto sequer entrou na lista de mercadorias vendidas para o exterior. O beneficiamento do couro em larga escala no Estado iniciou em 2002 com a chegada a Roraima da empresa Curtume Couros Boa Vista Ltda. Anteriormente, o produto era vendido salgado e boa parte era jogada no lixo.
Em parceria com o governo estadual, a Curtume Couros Boa Vista recebeu incentivos por meio do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI) para beneficiamento do produto. A empresa compra o couro no Mafir com um desconto de 20% abaixo do valor de mercado. O grupo também compra couro de todos os municípios de Roraima.
A produção tem crescido tanto que a empresa beneficia 700 unidades ao dia. A expectativa é aumentar nos próximos meses a produção diária para mil peças, pois todo o couro verde hoje produzido em Manaus passará a ser beneficiado em Boa Vista.
Numa parceria inédita com a empresa paulista JBS, maior aglomerado de carne bovina do mundo com atuação no mercado de couro, a Curtume Boa Vista vende toda a produção para a empresa de São Paulo. Atualmente, o frigorífico paulista industrializa o couro e vende para o mercado da Europa e da Ásia para a produção de estofamentos e calçados.
O empresário José Adolar de Castro Filho, administrador da Curtume Boa Vista, afirma que hoje a empresa gera 100 empregos diretos e mais 50 indiretos. “Todo este couro antes era desperdiçado. Hoje, além de gerarmos emprego e renda ainda estamos contribuindo com o fortalecimento do setor que não para de crescer em Roraima”, destacou José Adolar.
O processo de beneficiamento do couro começa com a compra das peças ao Mafir e nos municípios do interior. Após isso, o produto passa pelo processo de curtimento de 48 horas e depois segue para o porto de Manaus de onde é exportado para a Europa e a Ásia. A empresa já contabiliza o beneficiamento de 300 mil peças de couro por ano.
Couro de Qualidade
O empresário explicou que a qualidade do couro roraimense contribui para o produto ganhar espaço no mercado. Segundo ele, o couro produzido no estado é livre dos problemas causados por um parasita chamado Berne, que infecta os animais bovinos e causa grandes prejuízos ao setor. Além disso, outro fator que contribui para melhorar a qualidade do produto local é o clima que dá uma consistência maior às fibras do couro.
“Estes benefícios melhoram o nosso produto final que hoje é reconhecido pela grande qualidade de mercado. Se não fosse a marca de fogo e problemas com o carrapato, o nosso couro seria de excelência. Mesmo assim, ainda temos um produto de ótima qualidade”, concluiu.
A pele de couro de boi é utilizada para fabricação de revestimento de bancos de carro, volantes, laterais de portas, móveis estofados, assentos de cadeira, confecção de jaquetas de couro, calçados e outros materiais.
FONTE: bvnews.com.br
Roberta
Boa tarde,
Sou estudante da área ambiental, tenho um trabalho de faculdade para fazer em relação a que tratamento deve ser feito para Efluentes gerados no Processo de Salga de couro, em uma busca pela internet achei o site de vocês,
Gostaria se possível que me conta-sem como é o tratamento do efluente contendo apenas a Salga, se é eficiente ou não?
Para detalhar no meu trabalho.
OBS: Seria apenas salga do couro sem produtos químicos.
Desde de já muito obrigada!