Com pouco mais de uma década de criação, o programa Amazônia sem Fogo será expandido neste ano.
Depois de ir bem nos estados do Acre, Pará e de Mato Grosso, o projeto –reduzir incêndios florestais e melhorar a condição de vida dos produtores das comunidades rurais– vai para a Bolívia e, depois, para o Equador.
De acordo com o coordenador-geral do programa, Roberto Bianchi, foram mais de 613 quilômetros percorridos pelos participantes do projeto nos rios e estradas amazônicas desde 1999.
“Esses caminhos percorridos são responsáveis pela reprodução de técnicas alternativas ao uso do fogo por dezenas de comunidades da Amazônia”, disse.
Segundo Bianchi, uma das ações do Amazônia sem Fogo é a implantação das chamadas “unidades demonstrativas”, que servem como pontos de referência para a aplicação das técnicas do programa.
“A instalação das unidades tem como ponto principal mostrar que é possível preservar e aumentar a renda da produtividade ao mesmo tempo”, explicou. Já são 50 unidades instaladas no país.
O coordenador ressaltou que as alternativas ao uso do fogo colaboram não só para a redução das queimadas, mas também do desmatamento na Amazônia.
Em Guarantã do Norte, Mato Grosso, a redução nas queimadas chegou a 93%. No município matogrossense de Alta Floresta, a diminuição foi de 98%.
Em 2008, o município recebeu do governo estadual um prêmio de R$ 300 mil por ser a cidade com menos queimadas no estado.
Desde o início do programa, em 1999, até 2002, foi realizada a chamada fase emergencial, na qual as equipes agiam imediatamente em algumas áreas.
Depois, o programa se concentrou na prevenção e combate às queimadas e na aplicação de técnicas alternativas ao uso do fogo.
Em 2007, ocorreram ações de formação técnica, para lideranças comunitárias e técnicos, para que o trabalho pudesse ser reproduzido nas comunidades.
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