Nove jovens da aldeia Pitaguary, de Maracanaú, com idades entre 10 e 16 anos, estão na Itália para apresentar sua comunidade e participar do “Encontro por um Diálogo com a Cultura Indígena”. O grupo embarcou na madrugada de ontem no Aeroporto Internacional Pinto Martins, para uma temporada de 30 dias em Limbiate, Milão. Estão acompanhados por um representante indígena adulto, a coordenadora da articulação indígena do Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom Jardim (MSMCBJ), Natália Martins, e pelo padre Rino Bonvini, sacerdote italiano que fundou o movimento e é seu presidente.
O MSMCBJ atua junto aos Pitaguarys promovendo ações voltadas ao resgate e valorização da cultura indígena entre as novas gerações, explica Hariádina Salveano, que integra a Organização Não Governamental (ONG). Uma dessas ações é o projeto “Iandé Memé Maranongara” que na língua tupi quer dizer “todos somos parentes”. Os jovens índios Pitaguary terão diálogos com índios Lakota Sioux dos Estados Unidos com participação do líder espiritual da tribo Adam Little Elk. Anualmente ele visita a comunidade de Maracanaú para trocar experiências.
Na programação em Limbiate, os Pitaguarys debaterão também sobre a questão do meio ambiente, levando em conta o tema da Campanha da Fraternidade 2011 – Fraternidade, Fé e Vida no Planeta. Durante a permanência na Itália, os jovens indígenas irão visitar escolas e universidades e mostrarão o artesanato, a cultura, a dança e o canto do Toré, apresentado em tupi e italiano. Eles apresentarão também uma peça que conta a história de um beija-flor que deseja salvar uma floresta de um incêndio, mas precisa da ajuda de outros bichos e dos índios. Além de Limbiate, o grupo visitante do Ceará passará por Milão, Vaticano e outros lugares históricos da Itália.
Fonte: Jornal O Povo
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